sexta-feira, março 12, 2010

Quando A Saudade Faz O Que Não Deve

Para uma das pessoas mais especiais e importantes para mim... Porque a distância me traz todos os dias a dor da saudade...

Houve uma altura em que te escrevia nem que fosse só para por a cabeça em ordem. Acho que é isso que vou fazer agora outra vez, tantos anos depois.

Não sei bem o que se passa, e como me disseste uma vez, acho que quando começo a querer pôr palavras nisso, não dá! A verdade é que a saudade já é demais. Chegou ao ponto em que dói só de pensar, mas tu estás tão longe e não posso pedir-te um abraço sempre que preciso de um. Não te posso ligar nem mandar mensagens a dizer que preciso de ti. Não posso dizer como me fazes falta, como tenho saudades das nossas conversas, das nossas piadas. Como preciso de ouvir o teu riso, de sentir o teu abraço apertado. Como gostava de saber que a nossa "telepatia" ainda funciona e que quando penso "liga-me, diz-me qualquer coisa, preciso tanto de ti..." há uma verdadeira hipótese de funcionar e de a seguir receber uma mensagem tua.

Eu sei que tens a tua vida, eu tenho a minha. Mas dava tudo por aquele café que foi tantas vezes adiado... E que assim continua. Detesto achar que não te posso dizer estas coisas porque vou estar a ser "chata" e porque tens mais que fazer, quando houve uma altura em que era simplesmente natural dizer isto (basicamente as nossas conversas acabavam sempre com qualquer coisa deste género:)). Detesto ter coisas por dizer atravessadas na garganta há tantos anos (6 anos já são "tantos" anos!). Detesto não as ter dito porque não queria que te sentisses como eu me senti, e detesto não as ter dito por ter ficado sempre na dúvida se haveria de as dizer ou não. E agora tens a tua vida e eu a minha, e, tal como também me disseste uma vez, detesto pensar que nunca vou saber se o devia ter feito ou não, quanto mais não seja, porque não sei quando, ou se, estaremos juntos.

Acima de tudo, tenho saudades da nossa Amizade. E tenho saudades de te abraçar, tenho saudades que me mexas no cabelo... Tenho saudades dos caracóis...

Detesto a distância. E detesto a saudade, detesto quando dói...

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

A Aventura Começa...

1º Dia de Estágio

Experiência a divulgar: uma senhora que apareceu com o gato que, entre outros problemas que a senhora achava que ele tinha (é sempre interessante ouvir as opiniões médicas dos donos), tinha defecado "umas fitinhas fininhas e macias" (entre outros adjectivos que a senhora usou).

Após observação das ditas, a Dra declarou que o gato tinha expulsado um valente rolhão de ténias!!

Pergunto: Como será que a senhora sabia que eram "macias"? Terá andado a fazer-lhes festinhas:S?

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

O "Tuga" E A 3D

Outro dia fui ver o meu primeiro filme em 3D (Avatar - passo a publicidade, mas aproveito para dizer que foi uma boa surpresa, por isso aconselho!) e pude constatar o seguinte: num filme/qualquer-outra-coisa a 3D há dois comportamentos típicos do "Tuga":
  1. Nas cenas em que há objectos a "voar contra" o público, todo o bom "Tuga" gosta de pôr a mãozinha no meio, como que a tocar/afastar os ditos objectos, ou de se desviar da trajectória dos mesmos (apesar de saber que os ditos não passam de ilusão de óptica e logicamente não estão verdadeiramente a vir contra as pessoas);

  2. (mais ou menos citando o amigo que ia comigo) O bom "Tuga" espreita sempre por cima dos óculos a dada altura, para ver como é que a imagem aparece normalmente, acabando por se resignar a endireitar os óculos quando vê que sem os mesmos a coisa afinal não tem piada nenhuma.

Viva o Tuga:D

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Smile...

Desde que ouvi no Glee (suuuuper série!!!) que ando com ela na cabeça!

E porque às vezes é mesmo o melhor a fazer...


Smile - Charlie Chaplin

Smile, though your heart is aching
Smile, even though it’s breaking
When there are clouds in the sky
you’ll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You’ll see the sun come shining through
for you

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That’s the time you must keep on trying
Smile what’s the use of crying
You’ll find that life is still worthwhile
If you’ll just
Smile


terça-feira, fevereiro 09, 2010

O Segredo Desvendado

Para os homens, cuja aspiração de vida é saber a resposta a esta pergunta:)

Como estou farta de estudar, decidi vir ressuscitar o meu pobre e abandonado blog com um texto que me farto de apregoar às pessoas, mas que depois nunca consigo mostrar. Recebi há um tempo e de certeza irá elucidar as mentes masculinas mais curiosas:) É um bocadinho comprido (lembrem-se que justifica o tempo todo que estamos na casa-de-banho), mas no fim eu já chorava a rir, por isso vale a pena a leitura:) Obrigada à Diana, que me enviou o texto!

*Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?*

O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita.

Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"

E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.

"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.

Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de “tou aqui tou-me a mijar!”.

Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente, que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados.

Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair.

Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa… Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!! Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que tens no caso de…

Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la
com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te “na posição”…

AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam a tremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço!

Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a voz da tua mãe faz eco na tua cabeça *“nunca te sentes numa sanita pública”*, e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias!!

Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grande concentração e perícia.

Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio!

Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, mas não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!

E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras).

Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão.

Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguém tem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota!

Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)…. Estás exausta! Quando páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante!

Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te do lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo, pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, e consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água.

Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso – e sais…

Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto te esperava.

“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.

“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer.

E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outra passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e *a dignidade*.

sábado, julho 18, 2009

Primeira Visita...

... ao Almada Forum!

Curiosidade: numa casa de banho com 5 lavatórios, só 2 deitavam água, só 1 tinha sabonete e este não estava em nenhum dos que tinha água!

Bom saber o estado das coisas:)

O Bom Filho A Casa Torna

Ou neste caso... Filhas!


Pois é, depois de 2 meses de desespero, lá apareceram as desgraçadas! Para alívio do coração de mãe que já chorava a sua perda:')

Obrigado ao menino da CF 2005-2010 que as encontrou escondidas na sala da CF!

domingo, julho 12, 2009

Diário De Uma Alma Incompleta

Não obrigatoriamente relacionado comigo. Só um tema sobre o qual me apeteceu escrever. Porque em alguma altura da vida já toda a gente se sentiu assim!

Para as minhas Amigas (e quem quer que se identifique)

Hoje o mundo acabou...

Para mim, pelo menos. Ou talvez só para mim. Para todos os outros, parece não ter mudado um único bocadinho. Mas para mim é tão real, que não entendo como mais ninguém vê.

Hoje arrancaram um pedaço do meu corpo, e com ele praticamente a minha alma inteira. Seria melhor assim, se não restasse um único fragmento. Mas foram cruéis ao ponto de deixar um pedaço para trás, e esse dói com a violência de dez mil punhaladas. E é suposto aprender a conviver com elas.

Estou cansada, tão cansada. Não sei o que custa mais, se a dor, se o cansaço. Mas hoje quase me afoguei. Há tanto que lutava, dizendo a mim mesma que o esforço valeria a pena, daria os seus frutos... e hoje quase me afoguei. Tentei sair sozinha deste remoinho de dois, mas na verdade os frutos nunca cresceram, ou os que o fizeram caíram demasiado depressa. E então saltei e nadei...

Então... porque é que dói? Somos naturalmente "programados" para sermos egoístas; estamos perfeitamente familiarizados com a "lei da sobrevivência": se não fizermos por nós, mais ninguém fará. Mas hoje saí a ganhar, e não me sinto no pódium.

Dizem que o tempo cura tudo, mas isso não me acalma o espírito. Talvez cure sem reconstruir, criando apenas uma grande e feia cicatriz para cobrir aquele local.

Hoje, o sol não brilha. Porque no pedaço que arrancaram, foi a luz que me guiava.
Hoje o vento não sopra. Porque naquele fragmento levaram a brisa que dava sabor à minha vida.
Hoje os pássaros calaram-se. Porque o sorriso que enchia de música o meu coração partiu, e com ele metade de mim.
Mas ninguém vê.

Hoje o mundo é um lugar estranho, onde vagueio sem rumo, no meio da noite que se ergueu em pleno dia, onde impera um grande e estranho silêncio.

Por isso, sim, o mundo acabou...
Assim que a porta se fechou nas tuas costas.

domingo, julho 05, 2009

CONVOCO...

...CORRENTE MUNDIAL DE PODER para aumentar a capacidade de decoranço de disciplinas da treta!!

Neurónios precisam-se...

sexta-feira, julho 03, 2009

Quando A Saudade Aperta...

Para uma das pessoas mais especiais para mim

Se aqui entrares e vires as minhas coisas espalhadas, não penses que quero roubar o teu espaço.
Se para aqui venho, não é por te querer "expulsar". É exactamente porque este é e sempre será o TEU espaço. O TEU cantinho.

Porque aqui posso ver as tuas imagens e ver-te a sorrir para mim. Porque aqui posso olhar em volta e ver os teus CDs, os teus livros, as memórias da tua vida, os teus passatempos, as tuas conquistas. Aqui posso inspirar-me em ti e pensar "vou conseguir, como tu conseguiste". Aqui posso olhar para a tua cama e lembrar-me de quando te vinha acordar, só para ficar a dormir ao teu lado um bocadinho, ou quando ficávamos a dizer palhaçadas de um quarto para o outro antes de adormecer. Posso lembrar-me de como detestava discutir contigo e de como gostava quando conversávamos como se fôssemos os melhores amigos.

O mundo dá voltas, avança, e já se sabe como eu tenho problemas em enfrentar isso; algumas voltas demoram mais a aceitar. Mas tu escolheste o teu caminho, deste este passo, e quero de VERDADE que sejas feliz.

Mas aqui será SEMPRE o teu canto. Por isso não me julgues...

É que aqui posso fechar os olhos, e imaginar que ainda estás aqui...

terça-feira, maio 05, 2009

É tudo uma questão de nomes...

A Sofia está grávida.
No final da semana passada a Sofia foi atropelada, ficando com fracturas múltiplas da bacia.
Felizmente os fetos estão viáveis.
Aguarda cirurgia e cesareana.













Alarmante?
Quado tiverem cães não lhes dêem nome de gente:)
Alguém pode ter um ataque cardíaco!

PS - A Sofia era uma cadelinha muito simpática, carinhosa e fofinha (características que vêm com o nome, sei lá:)) que esteve internada no Hospital da FMV neste fim-de-semana, a quem tive que mudar uma cama às 3h da manhã porque a pobre não tinha "momentos All Bran" há imenso tempo e graças ao super laxante administrado pelo sr Dr ela decidiu achar que esse era o melhor momento para soltar o que estava preso:S

quarta-feira, abril 15, 2009

Às Vezes Dá Para Isto...

Para a minha "Amiga":P Esta surgiu mesmo para ti, espero que percebas (inspiração canino-vegetativa versão texto:))


Às vezes quando vou passear a cadela dá-me vontade de cantar.

Não sei porque carga de água a minha cabeça há-de achar que ver uma cadela a passear de cá para lá no meio da vegetação é uma boa fonte de inspiração, mas a verdade é que não são poucas as vezes em que dou por mim com a cabeça cheia de ideias e a boca a criar uma qualquer melodia. A maior parte das vezes nem é uma coisa com nexo (mas também, os GNR conseguiram sucesso a falar de operações matemáticas!), são só notas que se vão formando na minha cabeça e palavras que lhes vou juntando para tentar fazer qualquer coisa de mais palvável.

A melodia surge, gosto dela. Apetece-me cantá-la, as palavras juntam-se-lhe. Quem sabe poderá ser o início de um refrão?

Não sei... Pode ser que um dia me lembre do telemóvel e as vá gravando, para as conseguir mostrar quando já não me sentir invadida pela inspiração canino-vegetante. Só sei que nesses momentos a minha vontade é de ter ideias, muitas ideias, dedilhar umas coisas, soltar a voz e cantar...

Por isso...

Olha... Vamos fazer músicas?

Desilusão (o mal de ler demais, gostar demais, imaginar demais...)

Por mais que o título pareça introduzir uma qualquer torrente de banalidades e sentimentalismos, serve apenas para expressar uma opinião.


No Domingo acabei de ler ("devorar" devia ser o termo melhor aplicado) o livro que há séculos andava para ler: "Twilight - Crepúsculo", o tão badalado livro da moda, e que eu, enquanto fã acérrima do estilo Fantástico e de tudo o que me transporte para um mundo pararelo de fantásticas deambulações mentais, onde possa dar largas à minha imaginação, não podia deixar de querer ler.

Capa original, que não gosto cá de substituições por capas com imagens de filmes

Quem me conhece sabe que ADORO ler! E que gosto de ler os livros antes de ver os filmes, para dar largas à minha imaginação e saber a história inteira (sim, porque os filmes têm esse irritante costume de cortar partes e partes da narrativa). E que regra geral acabo desiludida quando vejo o filme...

Pois então, adorei o livro, quis ver o filme (ainda não tinha visto). Ontem aproveitei uma oportunidade e comprei os outros dois livros da colecção, tendo-me debatido durante um tempo sobre se compraria o DVD (que estava à venda no mesmo sítio, até a um preço aceitável). Acabei por me decidir por não comprar e cair na piratiquice. Nunca agradeci tanto não fazer uma compra.

O filme, à vista da minha cabeça povoada de grandes expectativas, foi uma desilusão total, tão grande que me fez ter vontade de escrever sobre isso, à laia de desabafo ultrajado.

Para mim, este filme tinha tanto para ser tão bom! Até a escolha de actores se parecia enquadrar mais ou menos nas minhas expectativas (salvo algumas excepções). Era a possibilidade de Ver o que só conseguia imaginar. No fim, revelou-se uma salganhada de cenas sem linha condutora sobrepostas umas às outras, uma miríade de situações alteradas e um filme vazio de sentimento quando o livro o deixa transbordar em todas as páginas... Quando li, o que senti foi o crescendo de um sentimento que começa tão banal e se vai completando, transformando, unindo, como duas coisas que se vão aproximando e moldando até se transformarem numa coisa única completa, incapaz de existir de outra forma; foi toda uma história que, no auge da minha imaginação (quando leio tenho sempre momentos destes) quase conseguia imaginar como sendo minha, ou pelo menos desejar que assim pudesse ser.

O que vi no filme foi dois adolescentes que, de uma hora para a outra, parece que só mesmo porque os mandaram, decidem dizer "ah e tal, até estamos bem juntos e só assim naquela fica aqui comigo que é mais fixe". Fiquei desiludida com a quantidade de situações cortadas (já seria de esperar), pela ENORMIDADE de cenas adulteradas ou inventadas e a falta de sentimento patente em todo o filme. Culpa dos actores? Sejamos sinceros, e perdoem-me os fãs dos mesmo, mas nunca vi casal supostamente apaixonado para a eternidade com tanta falta de amor um pelo outro. O Edward parece que não sabia o que devia fazer, a Bella teve uma cara de enjoada do início ao fim, o que até lhe caía bem no "primeiro dia de aulas", mas que supostamente se devia ter iluminado quando a relação com o primeiro começa a crescer (mas realmente... que relação? Se calhar eles também foram apanhados na surpresa de que de repente era suposto estarem perdidamente apaixonados...). Para mim, a única coisa que se enquadra no Livro é a "Bella's Lullaby" (da banda sonora, que até não é mazinha, vá!), porque se se ouvir a música de olhos fechados, só a imaginar o cenário e o turbilhão de sentimentos que emana do livro, realmente ela é capaz de nos transportar para esse mundo e fazer-nos "viver" as coisas. As outras duas coisas que para mim se aproveitam do filme: o cenário (como boa fã de florestas não podia deixar de delirar com aquelas) e o jogo de basebol.

Não sei se consegui transmitir todo o sentimento que me assalta neste momento. Só sei que estou a ouvir a música e que esta sim, me traz lágrimas aos olhos, me arrepia e me deixa a sonhar com e por uma história assim... Não aquele filme! Esse, só me dá vontade de chorar de revolta...

sábado, março 21, 2009

Doce sabor a sal...

(À laia de prenda atrasada)
Para o meu Pai, que me deu o amor pelo mar

Tinha-se deitado na amurada. Gostava de ficar assim naquele "chão" móvel, como se fizesse parte dele, como se os movimentos do barco fossem os seus. Ali, o mar ficava mais perto, algumas gotas saltando do meio das outras para lhe virem beijar a cara.

Gostava de olhar para o mar e admirar os reflexos na água e como as suas cores mudavam com o vai-vem das ondas. Gostava de perder o olhar no infinito e imaginar o que apareceria ao virar do horizonte. Gostava de sentir a brisa sacudir-lhe os cabelos e cantar-lhe aos ouvidos. Gostava de brincar com as ondas, o barco subindo e descendo em movimentos subtis, acompanhando o movimento das águas, numa cavalgada que era mais um conjugar de movimentos que uma fuga à ondulação. Gostava quando as ondas eram corajosas o suficiente para rebentarem no convés e se espalharem em milhões de gotas. Gostava quando as gotas lhe salpicavam a cara, trazendo o cheiro do mar e o doce sabor do sal...

Gostava quando abria os braços no pico de uma onda e esta lhe trazia a promessa de um vôo.

Gostava de mergulhar e sentir aquele abraço frio, sentir a água preencher cada poro, nadar deixando a água tornar a fazer parte de si.

Gostava de adormecer com o embalar gentil das ondas e a canção dos murmúrios da água, como se aquela música saísse do seu próprio coração.

Boa noite, hoje durmo com as ondas...

domingo, dezembro 21, 2008

Diário de Bordo - "Memórias de Tempos Que Já Lá Vão" ou "Relatos de Férias em Alto Mar"

Chegou Agosto e com ele a promessa de uns dias de descanso merecido! Fazer as malas e rumar ao Sul desse País sobre o Atlântico estendido! A cadela vai no porta-bagagens, dorme quase toda a viagem. Só ela sabe que para ela "Agosto" não é igual a "Descanso". Antes pelo contrário... o trabalho ainda vai começar!

Chegámos! Carregar a máquina e descansar! As amarras serão soltas amanhã para mais um desbravar do Alto Mar!


Afinal as férias saíram furadas! Não iremos tão longe como pensámos! O destino final era Cádis, mas as maquinarias pregam-nos destas partidas, e com o motor preso por braçadeiras de plástico não se pode ir muito longe!

Primeira paragem:
A paradisíaca Ilha da Culatra!

Ao largo de Faro e Olhão, é um areal que se estende desde a Ilha do Farol até à zona da Ilha da Armona. Passando a aldeia/vila da Culatra em si, chega-se a uma zona de areal selvagem onde apenas existem vespas, peixes e toda a bicheza marinha, aves.... e espanhóis:( O que antes era um paraíso para os navegantes portugueses está a ser desbravado pelo pessoal do país vizinho que decide vir passear até terras lusas! O resultado: os pobres tugas quase não têm espaço para ficar num sítio que é português!

Os dias são magníficos, as noites fenomenais, passadas com momentos de convívio familiar para compensar o que não se tem durante o ano (é o bom de se ficar no meio do mar sem electricidade:)). E o que se faz quando o polvo/choco/lula não vem picar (porque uma das actividades da noite é tentar apanhar um petisco diferente para o dia seguinte)?


Tenta-se ver a Novela da TVI que o vizinho do lado está a ver! (Sem muito sucesso, para dizer a verdade!)

E porque a água também não está à disposição, há que poupar na lavagem da louça: um copo para cada, marcado pelos dotes artísticos do skiper (o chefão da "banheira":P):


Durante o dia, quando o tempo não decide pregar partidas e se pode ir até à praia, o dia é passado tipo vida de lorde! Menos para a cadela (o trabalho...): cão-super-herói que se preze não descansa enquanto não salvar todos os pobres coitados que estão aflitos naquela coisa grande escura e onde se consegue nadar! Toda a gente na areia é mais seguro, por isso ninguém consegue ter água acima do tornozelo sem vir a coisa preta a correr atrás!

Mas ainda há muitos portos à espera! Partindo de Ayamonte (onde estivemos uns dias, depois da Culatra), numa tentativa de chegar a El Rompido, fica-se por Mazagón, porque o barco encalhava à entrada:( Tempo para passeio turístico: Visita ao Museu que recria o estaleiro do Cristóvão Colombo!

Para mais informações e descrição detalhada de algumas peripécias, passo a publicidade ao blog do meu primito (link para os posts aqui e aqui)!

As férias estavam a terminar! Ainda em Agosto o meu caminho iria levar-me um pouco mais para Norte! Montemor-O-Novo, para uma experiência "Selvagem"!

Mas isso é outra história...

sexta-feira, outubro 10, 2008

De volta ao activo...

Finalmente, depois de desgraças e "internamentos" de PCs (parece que o bicho afectou uma data deles, porque nos ultimos tempos o meu foi um de para aí 4 que já ouvi dizer que tiveram que meter baixa:S), posso finalmente voltar a alegrar o dia de quem por aqui aparece com relatos pormenorizados de uma data de coisas:) Como já tinha dito, alguns episódios de férias que não posso deixar de referir virão também, mesmo que fora de tempo!

Ah!, e prometo também novos episódios na saga "Memórias da vida de Vet", com novos pormenores... "suculentos"... daqueles para ler antes de almoço:) Aulas estão de volta, com novas aventuras para contar:D

"Mi aguárrrdjiiii....."

sexta-feira, setembro 12, 2008

See you next year, feriazitas:( !!

Chega o fim dos dias de descanso descontraído, das dores no rabo de tanto ficar sentada de papo para o ar, dos cremes, banhos salgados e gelados todos os dias! Fico a vê-las "por um canudo", enquanto elas se afastam ainda acenando e gritando promessas de nos encontrarmos no mesmo local, ou não, no próximo ano!

As actualizações virão a seu tempo, não nas datas correctas, obviamente, mas não posso deixar de partilhar alguns bons momentos deste mês que soube a pedaço de céu! Aos poucos, elas aparecerão!

E assim encerro definitivamente o período de "jiboianço" e entro (como diria a minha querida gurua) em Mode de Estudo. Sim, porque isto de fim de férias não significa começo leve para todos:( E quem não se porta bem tem que estudar nas férias e começar as aulas já com exames no horizonte (mais próximo do que se gostaria):(

Até para o ano minhas amigas, levo-vos com carinho no coração! Para o ano quero mais sol, mais descanso, mais cremes, mais banhos, mais gelados!

quarta-feira, agosto 06, 2008

Férias??...

... Já não há como antigamente! Já nem no meio do mar a tecnologia é deixada de parte por uns dias:S

Mesa de... Férias?

terça-feira, julho 29, 2008

FÉRIAS é Quando...

... se pode arrastar o rabo pelas paredes (no sentido de passar o dia a fazer nenhum:P) sem dó nem piedade, sem qualquer sentimento de culpa ou sem aquela vozinha irritante que diz "devias ir estudar", "tens que ir trabalhar" e coisas do género! :D

Época de Exames é Quando... [5]

(Perdeste algum? Vê aqui: [1], [2], [3], [4])

... depois de dias a hibernar em casa para estudo sais finalmente à rua e te sentes uma anormalzinha que parece que já nem sabe andar na rua, e sentes que as pessoas olham para ti como se fosses um OVNI ou tivesses papel-higiénico agarrado aos sapatos :(